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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Intolerância à lactose




21 de janeiro de 2013 por Joana Lucyk 
Fonte: www.gettyimages.com.br
As intolerâncias são caracterizadas por respostas adversas causadas por características fisiológicas únicas do indivíduo. Neste tipo de resposta não há qualquer envolvimento de mecanismos imunitários, ao contrário do que se observa nos processos de alergias alimentares.
A intolerância à lactose merece atenção especial por ser bastante comum. A lactose, presente especialmente no leite e seus derivados, é um carboidrato dissacararídeo composto por uma molécula de glicose e uma molécula de galactose. Não conseguimos absorvê-la de forma intacta: dependemos da ação da enzima lactase – dissacaridase, no intestino delgado, para que sua absorção ocorra. A lactase quebra a lactose em glicose e galactose e então absorvemos esses monossacarídeos isolados.
Na ausência da lactase, a lactose sofre fermentação –  aumenta-se a produção de gás metano e hidrogênio, que podem atingir a corrente sanguínea. Manifestações comuns da intolerância a lactose são cólicas abdominais, flatulência, náuseas, distensão abdominal e diarreia.
A lactose não absorvida propicia, ainda, um supercrescimento bacteriano intestinal que favorece lesões no epitélio intestinal. Sempre que há lactose, esse processo acontece – por isso a importância da retirada do nutriente problema da alimentação, já que este ciclo repetido pode ser também uma porta de entrada para futuras alergias alimentares.
É importante ressaltar que a presença de lactose na alimentação não é fator estimulante para a produção de lactase e a sua ausência não compromete sua produção. Há uma queda fisiológica, natural, na produção dessa enzima na medida em que o trato digestório amadurece.  Essa queda de produção, associada à lesões intestinais e a disbiose intestinal definem o grau de intolerância, que pode ser leve, moderada ou grave. Além da intolerância adquirida, existem os casos em que ela pode ser congênita.
A intolerância à lactose pode ser diagnóstica por testes bioquímicos, como o teste de intolerância à lactose ou concentração de hidrogênio do ar exalado. O teste dietético, além de mais barato, é eficiente: se elimina o nutriente e posteriormente o reintroduz e se observa as reações.
Para os intolerantes à lactose, há disponível no mercado à enzima lactase. Os probióticos também são importantes aliados na digestão da lactase e sempre que possível, sua utilização deve ser considerada. O mais seguro para os intolerantes à lactose: retirada da lactose da alimentação!
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