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O pequi (Caryocar
brasiliense) do tupi, pyqui, casca espinhenta – conhecido também como
pequiá, amêndoa de espinho, piqui – é cultivado no cerrado brasileiro e, apesar
de consumido em diversos estados, é considerado um fruto tipicamente goiano.
O pequizeiro
floresce entre agosto e novembro, e seus frutos, de casca esverdeada, são
produzidos entre novembro e início de fevereiro. A polpa em tom amarelado, que
recobre o endocarpo espinhoso, é a parte comestível mais aproveitada. Pode ser
utilizada nas mais diversas preparações: desde o tradicional arroz até cuscuz
com pequi. Da polpa também se origina o azeite de pequi, óleo utilizado para
condimento e na fabricação de licores.
A amêndoa, que fica
no interior do endocarpo, é recoberta por um tegumento delgado, de cor marrom
que também pode ser ingerido, na forma de farofas, paçocas e doces, além de ser
consumida como petisco, quando salgada. A amêndoa também é utilizada na
indústria de cosméticos para a produção de sabonetes e cremes.
Seus frutos recebem
alta incidência de raios solares, condição que favorece a produção de compostos
fenólicos e carotenóides totais que, junto com a vitamina C e E, definem sua
alta capacidade antioxidante.
Segundo a Tabela
Brasileira de Composição de Alimentos, 100g da polpa de pequi tem, em média,
200kcal, com 13g de carboidratos, 2,3g de proteínas e, 18g de lipídeos. Possui,
também, importante quantidade de fibras (19g/100g), incluindo a pectina. Tanto
a polpa quanto a amêndoa são boas fontes de ácidos graxos insaturados.
Além de sua
atividade antioxidante, tanto da polpa quanto das amêndoas, já foi descrita
atividade antifúngica das folhas e do óleo essencial de pequi. Na medicina
popular, já foi relatada a utilização do pequi no tratamento de problemas
respiratórios; como afrodisíaco; além do emprego das folhas como estimulante da
produção da bile.
Em Mato Grosso e
Goiás foram encontradas duas espécies de pequi sem espinho e, a partir daí as
pesquisas para o desenvolvimento do fruto sem o caroço repleto de espinho foram
intensificadas.
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