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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Pequi ou piqui?





Fonte: www.gettyimages.com.br
O pequi (Caryocar brasiliense) do tupi, pyqui, casca espinhenta – conhecido também como pequiá, amêndoa de espinho, piqui – é cultivado no cerrado brasileiro e, apesar de consumido em diversos estados, é considerado um fruto tipicamente goiano.
O pequizeiro floresce entre agosto e novembro, e seus frutos, de casca esverdeada, são produzidos entre novembro e início de fevereiro. A polpa em tom amarelado, que recobre o endocarpo espinhoso, é a parte comestível mais aproveitada. Pode ser utilizada nas mais diversas preparações: desde o tradicional arroz até cuscuz com pequi. Da polpa também se origina o azeite de pequi, óleo utilizado para condimento e na fabricação de licores.
A amêndoa, que fica no interior do endocarpo, é recoberta por um tegumento delgado, de cor marrom que também pode ser ingerido, na forma de farofas, paçocas e doces, além de ser consumida como petisco, quando salgada. A amêndoa também é utilizada na indústria de cosméticos para a produção de sabonetes e cremes.
Seus frutos recebem alta incidência de raios solares, condição que favorece a produção de compostos fenólicos e carotenóides totais que, junto com a vitamina C e E, definem sua alta capacidade antioxidante.
Segundo a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos, 100g da polpa de pequi tem, em média, 200kcal, com 13g de carboidratos, 2,3g de proteínas e, 18g de lipídeos. Possui, também, importante quantidade de fibras (19g/100g), incluindo a pectina. Tanto a polpa quanto a amêndoa são boas fontes de ácidos graxos insaturados.
Além de sua atividade antioxidante, tanto da polpa quanto das amêndoas, já foi descrita atividade antifúngica das folhas e do óleo essencial de pequi. Na medicina popular, já foi relatada a utilização do pequi no tratamento de problemas respiratórios; como afrodisíaco; além do emprego das folhas como estimulante da produção da bile.
Em Mato Grosso e Goiás foram encontradas duas espécies de pequi sem espinho e, a partir daí as pesquisas para o desenvolvimento do fruto sem o caroço repleto de espinho foram intensificadas.
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